quarta-feira, 7 de novembro de 2007

"Uma história nao verdadeira".

As devidas saudações aos nossos leitores, e é com muito carinho que começo esta desinteressante narrativa que, como o nome diz, narra "algo". Algo que é a historia de um simples e ranhoso pelotão do exército angolado durande a guerra colonial que teve lugar entre os anos 1961 e 1974.
História esta, narrada por um simples e ranhoso "praça", membro do mesmo simples e ranhoso pelotão, que por incrível que pareça ainda nao foi denominado. É portanto, humildemente pedido aos leitores que me ajudem a arranjar um nome para este simples e ranhoso individuo cuja idade se encontra entre os 27 e os 30 anos, bastante magro e nao muito alto, enfim, de estatura simples e ranhosa. Bom, adiante e sem mais atrasos, esta é a sua história:




1º Episódio - A recruta.

Bons dias, meu nome é (a designar pelo leitor) e desde cedo que meu pai João de Alberto Madeira me ensinou que a vida do verdadeiro homem, era a vida de soldado. Na verdade, eu nem acredito muito n'aquilo que ele "dezia", no entanto, por respeito, sempre tentei fazer o que ele me mandava fazer.

Nasci na antiga cidade de Sá da Bandeira, que actualmente se chama Lubango. Fica no meio de umas nontanhas no interios angolano e ainda hoje, mesmo depois da guerra, continua o mesmo sitio bonito, mas com nome diferente.

Esta minha narrativa como ja foi explicado pelo "criador" fala dos bons e maus momentos do bravo e glorioso pelotão 17 da terceira armada angolana, que valenemente combateu as forças dos brancos portugueses que ha muito que ocuparam esta bonita terra africana. Nesta narrativa estao cuidadosamente descritos os acontecimentos ocorridos na presença do meu grande amigo Varela e do bravo Almirante (que nao era Almirante, era Capitão, e Almirante deve-se ao facto de esse ser seu nome, Capitão Jacinto Almirante) condecorado diversas vezes pelo senhor nosso presidente cujo nome "m'esqueci"!

Acontecimento estes que começara ha uns meses atrás, quando ainda no ano de 62 fui recrutado do trabalho de caixa que fazia (construção de caixas de cartão lamelado) para me alistar no exercito, pois muito se "dezia" que a guerra estava séria e era portanto necessário actuar com muita rapidez e prudencia!

Foi entao, no ameno dia 22 de maio pelas 16:00 que o grande amigo Varela se apresentou juntamente com o Capitao Almirante no meu local de oficio dizendo que eu me tinha de alistar em seu bravo e corajoso pelotão. E assim foi, me alistei na hora e me colocaram sentado dentro de um veiculo militar de cor verdinha junto de 15 outros grandes soldados como eu, tornando-se todos eles mais tarde meus grandes amigos, como o Soldado Rui de Passos com seu grand bigode murcho, ou o Praça Vitorino a quem chamavamos de corvo por ser mais escuro que todos nos, entre outros. E assim se passou o primeiro dos grandes acontecimentos que ocorreram futuramente neste bravo e corajoso pelotão 17 da terceira armada angolana.

Fiquem atentos para o proximo episodio:

(a designar pelo leitor)

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